segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Comentário Devocional do Livro de Eclesiastes (5.8-12)

Graça, Paz e Alegria!

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Eclesiastes 5.8-12

8 Se vires em alguma província opressão de pobres, e a perversão violenta do direito e da justiça, não te maravilhes de semelhante caso. Pois quem está altamente colocado tem superior que o vigia; e há mais altos ainda sobre eles.
9 O proveito da terra é para todos; até o rei se serve do campo.
10 Quem ama o dinheiro não se fartará de dinheiro; nem o que ama a riqueza se fartará do ganho; também isso é vaidade.
11 Quando se multiplicam os bens, multiplicam-se também os que comem; e que proveito tem o seu dono senão o de vê-los com os seus olhos?
12 Doce é o sono do trabalhador, quer coma pouco, quer muito; mas a saciedade do rico não o deixa dormir.

Esta parte do livro se preocupa especialmente com "as riquezas". Essa preocupação segue no texto até mesmo depois de nossa recomendação de hoje, mas preferimos dividir essa preocupação em algumas mensagens, ainda que o tema seja no fim o mesmo, porque queremos ir além do comentário do texto em nossa mensagem.

No mundo atual, as pessoas sofrem (mesmo dentro das Igrejas) por não entender a Graça do Senhor. Entendem que devemos seguir uma série de regrinhas, que há "certo ou errado" simplesmente e que nossa forma de fazer as coisas é que irá definir a nossa salvação. Há um erro sério aqui! Isso seria a Lei - alcançar a salvação obedecendo regrinhas! Temos a salvação em Jesus, por Seu sacrifício na cruz e, depois de salvos (não por qualquer observação ou atitude de nossa parte, apenas e tão somente a aceitação desse sacrifício é suficiente), passamos a viver direcionados pelo Espírito Santo e aquele que é guiado pelo Espírito, não vai fazer coisas erradas. Não porque com isso ganha ou perde a salvação simplesmente, mas o que é nascido de novo e é guiado pelo Espírito, já foi salvo e agora não vive mais, mas Cristo vive nele!

Estamos fazendo essa observação para ressaltar uma coisa muito importante: sempre que se fala de "riquezas", "prosperidade" ou algo do tipo, parece que temos que ter uma posição a favor ou contra. Não parece, para muitos, possível fazer interpretação das coisas nessa e em outras áreas. Ao elogiar a ação de um criminoso por sua astúcia, alguns podem entender que estamos de acordo com o que ele fez e não estamos! Eu não estaria... Apenas posso ver que a pessoa tem uma mente "brilhante" dependendo do que ela faça, mas que está usando isso de forma errada. É possível notar a inteligência e a astúcia, admirar isso, mesmo não concordando com o que a pessoa fez!

O entendimento da Graça nos faz ir na direção desse entendimento: não são regrinhas que devemos seguir, mas devemos aceitar a Jesus como único e suficiente salvador, crendo e confessando essa fé no Filho de Deus! Mas é claro que o que é guiado pelo Espírito irá seguir fazendo coisas certas! Não para ganhar a salvação, mas porque foi salvo. Não por se preocupar com regrinhas, mas por buscar a direção do Espírito Santo.

Parece que não tem nenhuma ligação uma coisa com a outra. Mas paremos para pensar: muitas Igrejas defendem demasiadamente as regrinhas! E essa linha de raciocínio acaba permeando os demais assuntos. E se alguém entende que prosperidade é ter o suficiente, é porque não tem fé para ter mais! Se entende que passar por aflições e complicações (como Paulo passou), mas tendo a força do Senhor para enfrentar tais situações já é prosperidade, alguns podem querer expulsar demônio! Prosperidade é ter mais, mais, mais... testemunhar mais bênçãos e bens... e assim vai... É assim que alguns entendem e ou é assim ou está errado...

Não! Não é assim de fato nas Escrituras! Podemos ter muito ou pouco, mas o importante é a direção e o cuidado do Senhor, em qualquer das situações! Essa é a verdadeira prosperidade. Podem não gostar, achar que é falta de fé e usar textos isolados da Palavra o quanto quiserem, que o todo da Palavra tem uma identificação com o que estou aqui escrevendo! Alguns texto isolados podem sim trazer interpretações diferentes, mas é preciso buscar a coerência com o todo do texto Bíblico! Cito um exemplo: Apenas em Gênesis podemos encontrar textos que defendam que sejamos vegetarianos e que podemos comer carne... apenas em um livro... Isoladamente, podemos chegar a qualquer interpretação que quisermos! O compromisso deve ser com o todo da Palavra, com a coerência que esse texto apresenta mesmo que várias pessoas diferentes tenham escrito, mesmo sem contato umas com as outras necessariamente, em épocas diferentes, um tempo onde não era tão simples compilar e unir textos, fazendo ser possível que escritores nem tenham tido a chance de ler o que o outro escreveu e ainda assim, direcionados pelo verdadeiro autor, são coerentes no todo da obra!

A crise não é ter muito dinheiro ou pouco. Prosperidade vai além disso. Ter a paz que o mundo não consegue entender é estar bem mesmo com tudo ruim! Quando está em ordem, o mundo entende a paz... É preciso dividir, repartir, ajudar a quem esteja com dificuldade. O que se produz no campo, desde gado até a colheita, deve alimentar a todos! Não devemos nos preocupar com o dinheiro, pois quem o quer, nunca estará satisfeito com o que terá: sempre vai querer mais! E isso é vaidade, pois apenas ter mais, mesmo que seja testemunhado, não é razão para "prosperarmos". Ganhando mais, é preciso alimentar e ajudar mais pessoas. A administração do dinheiro precisa levar em conta isso! Não deve servir apenas para templos, viagens, gastos com manutenção ou algo assim. Precisamos sim ter em mente que é necessário ajudar as pessoas! Espiritual e materialmente! Precisamos ter em mente que é preciso apoiar as pessoas em suas necessidades. A certeza do cuidado do Senhor faz com que o trabalhador, com muito ou pouco, comendo muito ou pouco, tenha tranquilidade em seu sono, porque sabe que tem o melhor e faz o melhor com isso, apoiando a mais pessoas quando pode. Mas o rico, mesmo que cheio de dinheiro, saciado e bem alimentado, ainda tem falta da verdadeira paz que está além do entendimento da capacidade humana. A crise não é ser rico ou pobre, simplesmente. Mas na forma como se encara o ter esse dinheiro, o que se faz com ele e como se vive, confiando ou não no Senhor!


Dessa forma, que possamos, com muito ou com pouco, reconhecer a prosperidade verdadeira que vem do Senhor. Que sejamos atentos a esse cuidado do Pai e que nossa preocupação maior seja ter isso! Com pouco ou com muito, se tivermos isso, será muito melhor! E se for com muito, que estejamos atentos ao que as pessoas precisam e ajudemos mais e mais!

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

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