sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Avance mais um pouco!

Graça, Paz e Alegria!

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Extraído: Revista Voz Missionária, IV Trimestre/1993.

Numa certa viagem que fiz com meu marido pela França, alugamos um carro e saímos em direção à nossa primeira parada. Num determinado trecho da estrada, havia um cruzamento com semáforos e com uma faixa pintada no chão, bem próxima ao semáforo.

Eu estava dirigindo o carro quando o sinal fechou. Parei um pouco antes dessa faixa no chão. Notamos que começou a aumentar a fila de carros atrás de nós e o sinal não se abria para prosseguirmos a viagem.

Após alguns minutos, a moça do carro atrás do nosso veio até nós e pediu: “Avance mais um pouco, moça”. Eu não entendi o seu pedido, mas obedeci. Qual não foi a nossa surpresa quando o sinal ficou verde e pudemos seguir viagem. Eu não havia atingido o ponto de controle automático ou eletrônico, por isso o sinal não ficava verde para nós.

Desta experiência nós podemos tirar uma grande lição espiritual. Não seria semelhante ao que acontece às vezes conosco em relação às nossas orações de fé por alguma petição ao nosso Deus? Esperamos alcançar algo do Senhor e nada recebemos, apesar de nos encontrarmos na direção indicada por Ele. Quem sabe o que nos falta é avançar um pouco mais?

Quando Israel passou o Jordão, conduzido pelo fiel Josué, as águas começaram a separar-se somente quando os pés dos sacerdotes tocaram o rio e se molharam na tentativa de passagem (Josué 3.13-15).


Quantas vezes esperamos o cumprimento das promessas de Deus, mas parece-nos que nada recebemos... “Avançar mais um pouco” pode ser o segredo e o sinal ficará verde para seguir. Você tem avançado mais um pouco?

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Vivamos as promessas do Senhor!

Graça, Paz e Alegria!

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2 Pedro 1.3-4

3 Visto como o seu divino poder nos tem dado tudo o que diz respeito à vida e à piedade, pelo pleno conhecimento daquele que nos chamou por sua própria glória e virtude;
4 pelas quais ele nos tem dado as suas preciosas e grandíssimas promessas, para que por elas vos torneis participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção das paixões, que há no mundo.

Já ouvimos e cantamos muitos cânticos que falam sobre vivermos as promessas de Deus em nossa vida. Ouvimos ainda outras tantas pregações ou apenas uma simples declaração nesse sentido. E devemos mesmo viver as promessas de Deus em nossa vida. Deus nos chama para viver isso!

O que precisamos tomar cuidado é com o que realmente é promessa de Deus e o que é expressão de nossa vontade. E mais: o que precisamos deixar de lado para que possamos viver realmente as promessas do Senhor em nossa vida. Vamos por partes:

- Para viver o que realmente é promessa de Deus em nossa vida, precisamos conhecer essas promessas e tanto deixar que isso aconteça como ir em busca, quando for o caso. É que nem sempre recebemos o milagre apenas esperando! Há momentos que as coisas realmente acabam como que "caindo do céu" e não precisamos fazer nada antes ou além para receber. Mas há momentos que o "maná cai em algum lugar" e nós temos que ir buscar. Precisamos ficar atentos para esses momentos e saber quando é para aguardar e quando é para agir na direção do milagre, da promessa de Deus em nossa vida. E há situações que faremos os dois: por um tempo, iremos lutar e em outro momento, iremos aguardar, para alcançar essa mesma promessa. Que o Senhor nos dê discernimento de quando é para esperar e quando é para agir! E que nós estejamos realmente prontos para entender e para fazer (ou esperar) segundo a Sua vontade;

- Há momentos que precisamos deixar de lado o que vivemos para experimentarmos a vontade do Senhor, a Sua promessa. Quando temos que deixar algo errado, fica mais simples de notar e agir (se somos guiados pelo Espírito, claro): deixamos o caminho errado e seguimos na direção da vontade do Senhor. Mas há algumas coisas que não são necessariamente erradas em si, mas são erradas para nós. Insisto no mesmo exemplo de sempre: ser missionário em outra terra não é errado, mas nem todos são chamados para tal. E se alguém for e não foi chamado, estará fazendo algo que não é errado, mas algo que essa pessoa não deve fazer! Aí, será necessário deixar também isso! Abrir mão de "zonas de conforto", de empregos, de tanta coisa que achamos que não é exatamente errado, mas que Deus nos chama para viver algo diferente, não é tão simples assim. Até podemos entender de forma lógica que não devemos deixar isso! Mas aí, não experimentaremos a vontade de Deus, a Sua promessa, de forma completa em nosso viver. Por isso, precisamos deixar o que é totalmente errado e o que não é para nós fazermos, para experimentarmos a promessa do Senhor. Que tenhamos discernimento para entender tanto o que é errado como o que é para deixarmos para irmos cada vez mais na direção da vontade do Senhor.


Por fim, claro, precisamos meditar, ler e conhecer a Bíblia, para sabermos as promessas do Senhor para nós. Precisamos dedicar tempo ao Jejum. Além, é claro, de não descuidarmos de nossa Oração. Sem esquecer, claro, que orar não é ncessariamente apenas falarmos com o Senhor! Muitas vezes, Ele fala conosco nesses momentos, quer através de uma voz audível e clara, quer com um sentimento no coração (confirmado pela Palavra e/ou por alguma situação - para fugirmos da vontade pessoal), ou usando uma música, uma pessoa, uma situação..., enfim, precisamos ficar atentos para ouvir o Senhor. Afinal, orar não é apenas um momento que paramos tudo. Precisamos ter esse tempo, claro, mas podemos viver em constante oração, buscando em todo o tempo, pronto para parar e falar com ou ouvir do Senhor. Que conheçamos Suas promessas e possamos viver cada uma em nossa vida!

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Somos chamados para confiar no Senhor

Graça, Paz e Alegria!

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Salmo 62

1 Somente em Deus espera silenciosa a minha alma; dele vem a minha salvação.
2 Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é ele a minha fortaleza; não serei grandemente abalado.
3 Até quando acometereis um homem, todos vós, para o derrubardes, como a um muro pendido, uma cerca prestes a cair?
4 Eles somente consultam como derrubá-lo da sua alta posição; deleitam-se em mentiras; com a boca bendizem, mas no íntimo maldizem.
5 Ó minha alma, espera silenciosa somente em Deus, porque dele vem a minha esperança.
6 Só ele é a minha rocha e a minha salvação; é a minha fortaleza; não serei abalado.
7 Em Deus está a minha salvação e a minha glória; Deus é o meu forte rochedo e o meu refúgio.
8 Confiai nele, ó povo, em todo o tempo; derramai perante ele o vosso coração; Deus é o nosso refúgio.
9 Certamente que os filhos de Adão são vaidade, e os filhos dos homens são desilusão; postos na balança, subiriam; todos juntos são mais leves do que um sopro.
10 Não confieis na opressão, nem vos vanglorieis na rapina; se as vossas riquezas aumentarem, não ponhais nelas o coração.
11 Uma vez falou Deus, duas vezes tenho ouvido isto: que o poder pertence a Deus.
12 A ti também, Senhor, pertence a benignidade; pois retribuis a cada um segundo a sua obra.

Neste salmo, atribuído a Davi, vemos logo no início a declaração de sua total confiança no Senhor. No texto, vemos claramente que ele exclui toda e qualquer possibilidade de confiança em qualquer outra coisa no mundo, a não ser em Deus. Isso é um ponto importante a ser observado nesse salmo: claro que existem pessoas que acreditamos nelas. Mas não devemos confiar cegamente, pois podemos nos desiludir. Por mais séria que uma pessoa seja, ela continua sendo ser humano e pode, em algum momento, cometer um erro. Devemos viver fugindo disso, mas estamos sujeitos a tal situação a cada dia. Por isso, se alguém erra, e todos podem errar, precisamos ajudar quem errou, não anulando seu erro, mas confrontando a pessoa com o mesmo, sem deixar de lado o amor. Assim, com amor, ajudar a pessoa a deixar o erro e não ficar acusando e afundando cada vez mais a pessoa no seu erro.

A confiança no Senhor pode ser sem restrições. Ainda que algo pareça estranho num primeiro momento, logo o Senhor manifesta o melhor. Se amamos ao Senhor, todas as coisas colaboram para o nosso bem e nada pode nos separar do amor do Senhor. Mesmo aquelas situações que parecem ruins ou estranhas, não podem nos separar do amor do Senhor e, no tempo certo, veremos o melhor acontecer. No mínimo, teremos testemunho de quem passou pelo momento ruim e teve forças para suportar e vamos ajudar outras pessoas a enfrentarem tais situações ou parecidas. E, claro, poderemos contar com o cuidado do Senhor nos livrando ou nos dando vitória diante de um problema e daremos testemunho também! De qualquer forma, seremos agraciados com o cuidado do Senhor: quer com uma mudança e com a vitória, quer com as forças para resistir o problema e depois ajudar outras pessoas.


O salmista descreve muitas coisas que ele entende que o Senhor é. Precisamos adorar ao Senhor, contemplar essa formosura, nos admirarmos diante de Sua majestade. Isso nos dará forças para enfrentar as dificuldades e apresentará as razões de nossa fé ao confiarmos no Senhor. Saber o que o Senhor é nos faz ter certeza do que Ele pode fazer. Muitos estão atrás do que Ele pode fazer. E Ele faz! Mas antes da ação de Deus, devemos buscar a Deus e veremos muito mais! O que Ele tem para nos dar é muito bom e podemos (devemos) desfrutar. Mas simplesmente a presença de Deus pode causar muito mais. Sem contar que aí, com a manifestação da presença Dele, podemos ver mais coisas ainda de Sua parte, mais atuação. Assim, busque a bênção que Deus tem pra você. Não descuide disso. Mas busque com mais fervor esse Deus que te dá a bênção e você verá muito mais. Confie e você verá!

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Na alegria, busquemos e louvemos... Na angústia, busquemos e clamemos! (1)

Graça, Paz e Alegria!

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Vivemos uma experiência de evangelho que reflete sempre a vitória. Acreditamos, pregamos, ouvimos sobre a vitória.

Mas se analisarmos a situação ao nosso redor, vamos encontrar muitas derrotas. Como nos disse Jesus: "no mundo, tereis aflições; mas tende bom ânimo: eu venci o mundo" (João 16.33b). Ou ainda, como nos recomenda o Apóstolo Paulo: "Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, havendo feito tudo, permanecer firmes" (Efésios 6.13).

Assim, muitas vezes, nos encontramos (ou encontramos pessoas) em situações que causam tristeza. Confiantes do cuidado do Senhor, esperamos a solução dos problemas. 

Como nos manter firmes diante de uma angústia? Como nos manter confiantes diante de uma aparente derrota que nos causa tanta tristeza? Como continuar, tendo a impressão que a situação não vai mudar? Sim, pois algumas vezes temos a impressão que está tudo indo por um caminho diferente do que esperávamos ou tínhamos entendido como vontade do Pai. E outras tantas vezes temos que aceitar uma mudança de caminho, quando antes tínhamos certeza que a vontade do Pai era outra.


Permitindo o Senhor, seguimos na próxima semana!

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Comentário Devocional do Livro de Eclesiastes (5.1-7)

Graça, Paz e Alegria!

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Eclesiastes 5.1-7

1 Guarda o teu pé, quando fores à casa de Deus; porque chegar-se para ouvir é melhor do que oferecer sacrifícios de tolos; pois não sabem que fazem mal.
2 Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma na presença de Deus; porque Deus está no céu e tu estás sobre a terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras.
3 Porque da multidão de trabalhos vêm os sonhos, e da multidão de palavras, a voz do tolo.
4 Quando a Deus fizeres algum voto, não tardes em cumpri-lo; porque não se agrada de tolos. O que votares, paga-o.
5 Melhor é que não votes do que votares e não pagares.
6 Não consintas que a tua boca faça pecar a tua carne, nem digas na presença do anjo que foi erro; por que razão se iraria Deus contra a tua voz, e destruiria a obra das tuas mãos?
7 Porque na multidão dos sonhos há vaidades e muitas palavras; mas tu teme a Deus.

Neste momento do livro, o autor não se preocupa apenas com as coisas do dia a dia, as "coisas materiais", fazendo observações como se "não houvesse mais nada" depois deste tempo aqui, como alguns pensam. Boa parte do livro é a constatação de que tudo é vaidade se tudo se encerra aqui! Mas neste momento, vemos observações e dicas importantes a respeito da forma como se relacionar com o Senhor.

Pensar em "guardar o pé, quando for na casa de Deus" não é, necessariamente, ter preocupação com o membro do corpo quando vamos até uma igreja! A ideia, pensando em termos do que temos em nossos dias, é uma sugestão de cuidado com o que você se compromete para com a Obra do Senhor. Não devemos dizer qualquer coisa no ímpeto da emoção! Precisamos dizer com convicção aquilo que pretendemos fazer em o Nome do Senhor. É melhor ouvir em vez de sair falando qualquer coisa...

Esse cuidado com o que falar, mais ouvir do que falar, é recomendação para evitar que falemos demais e não coloquemos em prática o que realmente nos comprometemos. Não importa esse "momento de emoção". Devemos nos calar se entendemos que é um momento assim e avaliar com cuidado antes de dizermos algo. Pois quando dissermos, devemos cumprir com a nossa palavra! Não precisamos fazer voto, para alguns, "promessa", aliança, concerto... ou algo do tipo. Não havia necessidade disso no tempo da lei, quando o texto de Eclesiastes foi escrito! Quanto mais hoje em dia, que Jesus já pagou o preço da nossa salvação!

Logo, não precisamos nos comprometer com nada! Apenas aceitar a Jesus como único e suficiente Salvador, buscar a direção do Espírito Santo na forma de viver, agir e falar, e viver conforme a orientação do Senhor. É isso que devemos fazer! Mas se nos comprometermos com algo mais... temos que cumprir... É melhor não se comprometer, do que se comprometer e não cumprir... Não tem como justificar o não cumprimento, pois não temos que nos comprometer e se fizemos isso, mesmo que seja com emoção exagerada, devemos sim cumprir! Melhor é ficar quieto que se comprometer e deixar a boca nos levar a um pecado de não cumprimento de compromisso assumido...

Sempre há uma questão no meio disso tudo: "Se o Senhor permitir, faremos isso ou aquilo"... Mas o fato de "mudarmos de ideia" não é "falta de permissão" do Senhor! O fato de acharmos que exageramos no compromisso, também não é! Apenas um impedimento além de nossas forças, de nossa capacidade, e a impossibilidade de fazer em outro momento o que nos comprometemos, não porque mudamos de ideia ou desistimos, mas porque seguimos com um impedimento alheio ao nosso querer, pode justificar um compromisso não cumprido. Se nos comprometermos, não deixemos nossa boca nos fazer pecar: se o Senhor nos permitir realizar, que façamos!


Dessa forma, não fale muito, não se comprometa demais, não é necessário! Sonhemos os sonhos do Senhor e deixemos de lado o que é apenas a nossa vontade. Falemos com respeito e moderação. Com temor e tremor diante do Senhor, para que possamos cumprir com os compromissos assumidos como algo que venha mesmo do centro da vontade do Senhor. Que realizemos aquilo que o Senhor gerar em nós para realizarmos, com a orientação do Espírito Santo, para a honra e glória do Senhor! E se em algum momento falarmos mais do que devemos, que nos apressemos em cumprir os compromissos assumidos, permitindo o Senhor, fugindo do erro de falar e não cumprir!

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

HOMEM, SUA ALMA

Graça, Paz e Alegria!

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Ilustração
Livro: Coletânea de Ilustrações
Pr. Natanael de Barros Almeida

Dois ou três rapazes, numa visita a um museu nacional, leram ao lado de um dos armários, estas palavras:

"O corpo de um homem; peso: 70kg".

- "Onde es-tá o homem?", perguntou um dos rapazes. Ninguém lhe respondeu.

No armário, havia jarras de água e outros jarros contendo fosfato de cálcio, carbonato de cálcio, potássio, sódio e outros elementos químicos. O compartimento ao lado continha galões cheios de gases, hidrogênio, oxigênio e nitrogênio.

Estes elementos foram medidos em proporções exatamente iguais às do corpo humano. Depois de pensar sobre isto por algum tempo, o rapaz observou:

- "Então sou feito disto, sou somente isto, não há mais nada?"

- "Mais nada", concordou um estranho que sorriu e saiu.

Mas o jovem ficou pensativo e seu companheiro lhe disse:

- "Se somos formados somente de um tanto de cálcio, outro tanto de gases, outro de água, etc., deveríamos ser todos iguais. Deve haver alguma coisa mais, que não se possa guardar em armários". 


- "Sim" afirmou o outro: "há o que Deus coloca nesta matéria, o que nos torna uma alma vivente".

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Somos chamados a clamar

Graça, Paz e Alegria!

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Salmo 54

1 Salva-me, ó Deus, pelo teu nome, e faze-me justiça pelo teu poder.
2 Ó Deus, ouve a minha oração, dá ouvidos às palavras da minha boca.
3 Porque homens insolentes se levantam contra mim, e violentos procuram a minha vida; eles não põem a Deus diante de si.
4 Eis que Deus é o meu ajudador; o Senhor é quem sustenta a minha vida.
5 Faze recair o mal sobre os meus inimigos; destrói-os por tua verdade.
6 De livre vontade te oferecerei sacrifícios; louvarei o teu nome, ó Senhor, porque é bom.
7 Porque tu me livraste de toda a angústia; e os meus olhos viram a ruína dos meus inimigos.

Davi inicia o salmo com uma oração. Pede pelo socorro divino, porque sabe que há quem queira atentar até mesmo contra a sua vida. Não era apenas uma calúnia, mas Davi corria o risco de morrer por mãos de seus adversários.

Em sua oração, Davi invoca o Senhor e deixa claro que espera pelo poder do Senhor em seu auxílio. Sabemos da grandiosidade do Senhor. Diante desse quadro, como Davi, somos chamados a clamar por Sua presença e interferência diante dos problemas que passamos, quer seja porque alguém se levanta contra nós, quer seja porque estamos vivendo o tempo de problemas e precisemos de força para enfrentar e a forma de saída dos problemas, que o Senhor pode nos dar.

Não esperamos pelo Senhor apenas para a eternidade! Já podemos contar com Seu auxílio no nosso dia a dia! Muitos acham que Deus tem coisa mais importante pra fazer do que cuidar dos nossos problemas. Querem saber mais do que Deus! Ele nos amou de tal maneira que deu Seu Filho por nós, para, quem crer Nele, tenha a vida eterna. E esse Filho orou pelos discípulos (e por todos os que viessem a crer - João 17) deixando claro que não pedia que fossem tirados do mundo, mas que fossem livres do mal. Você é da maior importância para Deus! Ele se preocupa com você e quer o melhor! Muitos problemas muitas vezes tentam abafar essa certeza, mas o cuidado do Senhor vai além dos problemas e das dificuldades, pois podemos contar com a força para enfrentar e, manisfestando a vontade do Senhor nisso, com a solução!

Se alguém, como foi com Davi, se levantar contra você, o Senhor irá interferir. Não vai deixar você sofrer injustiças. Talvez diante dos homens, por um tempo, pareça que estamos mesmo sofrendo injustiças. Davi fugiu por muito tempo! Parecia um derrotado. José, depois da revelação em sonhos, foi vendido como escravo por seus irmãos e dado como morto a seu pai. Depois, ainda por conta de uma mentira (porque ele queria se manter fiel ao seu entendimento das coisas de Deus), foi preso injustamente e ainda por cima, esquecido no cárcere. Esquecido pelos humanos, não por Deus, que o texto Bíblico revela que era com ele.

Há outros exemplos na Bíblia e nós podemos lembrar ainda de muitos outros que aconteceram com várias pessoas: parecia que estavam derrotadas e muitas vezes por calúnia, outras por problemas. Humanamente, parecia que Deus nem se importava com os erros que eram cometidos contra essa pessoa. Só que quando menos se espera, Deus muda definitivamente a sorte dessa pessoa. Já aconteceu, continua acontecendo e vai continuar assim. Deus age. Em alguns momentos, antes dos problemas. Em outros, nos tirando de dentro do problema (quer dizer: já estamos enfrentando e Deus nos dá a vitória - afinal, como ter vitória sem combate?). E em outros ainda, nos dá forças para enfrentarmos o problema e chega o dia que tudo muda e se acerta. Quer porque o problema é resolvido, quer porque Deus nos dá nova direção e anula o problema anterior.


E quando Deus age? Ficamos quietos? Como Davi, no final do salmo que motiva nossa mensagem, devemos oferecer ao Senhor louvores e apresentar aos outros a ação do Senhor. Muitas vezes, as pessoas vão ver essa ação, pois viram sua situação anterior e verão claramente que foi mudado o problema em solução. Mas há alguns problemas que atravessamos e que temos do Senhor a força para enfrentar e no tempo certo, mesmo sem mudar aquela situação específica, o Senhor nos dá livramento, nos levando por outra direção. Nesse caso, as pessoas poderão questionar se Deus realmente agiu, pois aquele problema, na verdade, aparentemente não foi resolvido. Aí, entrará nossa capacidade de mostrar que nossa vida está nas mãos do Senhor e que mesmo com aquele problema aparentemente sem solução, tivemos força para enfrentar e o Senhor mudou nossa sorte, mesmo sem precisar resolver diretamente aquele problema, pois nos deu algo novo. E o que vem do Senhor, sempre é o melhor. Se a solução, será o melhor. Se uma nova direção, será o melhor. Os dias mostrarão isso. Podemos confiar. E, claro, louvar ao Senhor por Sua atuação e declarar Seus grandiosos feitos para que outras pessoas notem Seu agir.

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

MORDOMIA CRISTÃ (4)

Graça, Paz e Alegria!

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O cristão e o dízimo

Quando falamos de mordomia cristã, muitos pensam apenas na questão do dízimo.

A partir de leituras do Antigo e do Novo Testamentos, alguns podem dizer que é necessário dar o dízimo, outros que é errado...

Diante disso, a mensagem de hoje será um pouco mais longa que as que normalmente enviamos, já que não seria prudente "dividir" o tema, pois isso poderia gerar interpretações diferentes. Escrevendo tudo junto já corremos esse risco, imagina se dividir...

Vou dizer como vejo a questão:

É fato que a questão do dízimo é ligada com o Antigo Testamento e com a Lei. A não ser na fala de Jesus para Judeus nos Evangelhos, não vemos no Novo Testamento a recomendação da necessidade de dar o dízimo. Não nos esqueçamos do que nos diz João: Jesus veio para os seus, mas esses não o receberam, e preferiram entregar Jesus para a morte de Cruz. Agora, a todos que o receberam (e continuam recebendo), crendo no Seu Nome, receberam o poder de se tornarem filhos de Deus (João 1.1-14)! Logo, durante Seu ministério, Jesus sim ainda fala com Judeus! Esse é um fato importante na interpretação Bíblica! Era para os seus! Até mesmo a mulher cananeia (siro-fenícia) tem problemas para alcançar resposta ao seu pedido, porque ainda era tempo "dos da mesa" (Mateus 15.21-28). A sua fé mudou a situação...

Pronto... alguns já estão pensando que eu sou contra o dízimo... Continue lendo... não haja como se faz hoje em dia: apenas faz a leitura do título e algumas partes e já chega a uma conclusão...

Mas você pode estar pensando: esse é o argumento dos que são contra! Então... Calma... continue lendo...

Não podemos perder de vista a questão de que Jesus falava para os judeus, para os seus. Quando os seus não o receberam, aí a ordem é definitiva: ir até os confins da terra (Atos dos Apóstolos 1.8). Antes, já se atendida alguns casos, mas a prioridade era as "ovelhas perdidas da casa de Israel"... Isso é importante até mesmo para entender a questão da Volta de Jesus, pois há um momento que é dito que vem como um ladrão e outro, com muitos sinais. E "ladrão dá sinais"? Como conciliar isso? Uma chave de leitura é essa: entender quando a mensagem se destina aos judeus e quando é ampliada para todos... Mas esse não é o tema da atual mensagem...

Apenas precisamos deixar claro que não devemos simplesmente esquecer o que Jesus disse, por Ele ter falado ainda aos seus, pois muita coisa do que Jesus falou, já apontava para a Graça! Há o que Ele falava e apontava para os seus, para um ajuste na interpretação da Lei, ampliação da forma de observar as coisas, e que permaneceu para os seus. Mas Jesus tinha consciência de Sua Missão e que os seus iriam negá-lo! Assim, Ele já aponta para o que viria depois, que é a Mensagem ser espalhada para todos! Dessa forma, não devemos deixar nem o Antigo Testamento nem o que Jesus falou para judeus de lado! Apenas precisamos saber como agir: não devemos nos preocupar com fazer algo para receber algo, mas devemos fazer porque já recebemos, mesmo antes, mesmo quando ainda estávamos em pecado! Vamos ampliar a explicação mais adiante.

Paulo nos diz que tudo é lícito, mas que nem tudo é conveniente (1 Coríntios 6.12). Isso derruba qualquer "regrinha" ou "listas de pode ou não pode", pois o que não é conveniente para mim, pode ser conveniente para você! Todos são, de fato, missionários, mas nem todos deixam tudo para ir para o campo missionário viver como tal. E ainda que pareça certo fazer isso, se o propósito do Senhor para você é outro, ir para o "campo" não será conveniente para você. É conveniente para quem deve ir, e quem deve ficar, será missionário de outra forma... Pense nisso sobre qualquer assunto e amplie a sua visão sobre a Graça de Deus! A questão não é se é "certo ou errado", mas se é conveniente ou não. Algumas coisas, não são convenientes para ninguém, é fato, mas a Graça deve nos levar a pensar para além do "certo ou errado" em outras coisas...

Paulo ainda nos diz que quem aceita a circuncisão, tem que seguir toda a Lei (a discussão permeia toda carta aos Gálatas. logo, é bom ler toda a carta, mas leia especialmente o capítulo 5). Muitos pensam que a questão era meramente a circuncisão. Mas não era! Se era, por que o Concílio de Jerusalém não decide apenas que não se deve circuncidar, mas recomenda que não se coloque o peso da Lei sobre os gentios, a não ser a recomendação de quatro coisas, que no fim, principalmente fazendo ligação com as Cartas de Paulo aos Coríntios, apenas seriam seguidas mesmo quando perto de Judeus convertidos? O Conciilo de Jerusalém está em Atos dos Apóstolos 15! Se era só a questão da circuncisão que se exigia dos gentios convertidos, bastava dizer que não era para circuncidar. Mas não! Há todo um conjunto de recomendações, o que nos ajuda a entender que a questão da circuncisão era a "porta de entrada". Sem isso, nem eram considerados! Mas depois disso, viriam as demais coisas que ainda eram aceitas e praticadas pelos judeus convertidos. Mas... a decisão foi que aos gentios isso não fosse imposto!

Ampliando a ideia de Paulo em Gálatas, podemos entender que se for para seguir um aspecto da Lei, devemos seguir a todos! E o que seria "seguir um aspecto da Lei"? Esperar que, ao fazermos algo como ordenança, recebemos o benefício do Senhor. E que se não fizermos, estamos no erro e recebemos "maldições". Quando, em Jesus, somos salvos por Graça, pela Fé e diante dessa salvação, buscamos viver de acordo com a orientação do Espírito Santo, que nos orienta a fugir do erro, não por regras, pois se for por regras, fazemos algo e devemos ter nossos méritos dessa ação. Não recebemos nada por fazermos algo, pois se fosse assim, ainda seguiríamos apenas a Lei! Não conseguimos isso! É preciso a Graça em Jesus, pela Fé!

Mesmo deixando claro que o pecado é conhecido por conhecer a Lei, Paulo deixa claro também que a Lei não é ruim. É a vontade do Senhor! Como seria ruim? Mas nós não conseguimos agir de forma adequada com relação a essa Lei e se não confiarmos na Graça, se acharmos que podemos fazer algo para mudar essa realidade, a não ser pela Fé no Filho de Deus, através de qualquer ação nossa, iremos perecer, pois não conseguimos sem a Graça. Não vou repetir toda a carta de Paulo aos Romanos... A questão não está na atitude de realizar algo que a Lei define! O problema está em fazer isso achando que pode conseguir o benefício que seria dado ao cumpridor da Lei. Devemos fazer a vontade do Senhor, apenas isso, não devemos nos preocupar em receber nada mais, pois por Graça, através da Fé no Filho de Deus, já recebemos tudo!

Logo, não fazemos mais nada para receber algo... Já recebemos! E, orientados pelo Espírito Santo, fazemos a vontade do Senhor, não esperando outras tantas bênçãos ou quebras de maldições. Afinal, Jesus se fez maldição e levou até essa de nós (Gálatas 3.13). Qualquer maldição por não cumprir a Lei, JESUS LEVOU NO MADEIRO!!!

Dessa forma. não damos o dízimo para aplacar a maldição, Essa Jesus já levou no madeiro! Essa era realidade para quem devia fazer algo, cumprir a Lei, para receber algo. Para nós, não é assim! A não ser que você dê o dízimo para aplacar essa maldição... Aí, você está cumprindo a Lei! E não é errado! Só que isso anula o sacrifício de Cristo e, para ter sua salvação sem esse sacrifício, seria necessário cumprir toda a Lei...

Não acho errado "dar o dízimo". Acho errado achar que vamos ter bênçãos ou maldições por fazer ou deixar de fazer isso. Essa é a Tese da Lei! Na Graça, fazemos, mas não por receber mais ou menos, mas porque já recebemos, em Cristo! Para judeus convertidos, pode se aplicar ainda cumprir alguns aspectos da Lei, seguindo as recomendações de Atos dos Apóstolos 15 e da carta aos Hebreus, por exemplo. Há coisas que não são necessárias nem aos Judeus Convertidos! Mas Paulo mesmo, ainda que lutasse pela liberdade e vivesse essa liberdade, ao se aproximar de Judeus, ainda observava alguns dos aspectos da Lei (leia Atos dos Apóstolos). Mas os gentios convertidos, não precisam disso...

E quem segue a direção do Espírito Santo não precisa dar um valor fixo... Esse que segue a orientação do Espírito, saberá ouvir e dar o que for necessário (de acordo com o seu coração, transformado e orientado pelo Espírito e com alegria, como orienta Paulo). Pode dar o dízimo, se isso estiver em seu coração! Mas não para aplacar qualquer maldição ou para receber bênçãos, pois isso já temos apenas e tão somente pelo Sacrifício de Jesus! Só temos que aceitar esse sacrifício como único e suficiente para desfrutar do que nos dá o Senhor. Se o Senhor diz para dar um percentual dos seus vencimentos, dê! É isso que o Espírito está orientando para você. Se o Senhor orienta a dar mais, dê mais! Não faça por obrigação, mas com alegria no coração, pois o Mordomo não entrega para o Dono apenas um percentual do que é Dele... O Mordomo entrega tudo, pois tudo é do Dono... E o Mordomo não sente falta de nada... Essa é a verdadeira ideia da Mordomia Cristã!


Insisto: não é errado dar o dízimo! O erro é querer algo em troca. Isso era coisa da Lei. Jesus cumpre a Lei e nos alcança por Graça. Não precisamos fazer as coisas para ter algo em troca! Basta aceitar a Jesus como único e suficiente salvador, confessar com os lábios e crer com o coração (mostrando com atitudes que aceita isso em sua vida, pois aquele que vive a vontade do Senhor, mesmo que não diga uma palavra, mostra com atitudes essa realidade, não para ter algo em troca por viver assim, mas por já ter recebido tudo). Quem faz o que orienta a Lei, não faz errado, pois essa era a vontade do Senhor e receberá o que a Lei define a partir da ação com base nela. Só que isso não irá mais permitir o testemunho de que Jesus é único e suficiente para a sua salvação, mas a sua atitude será necessária! Se você fizer com a motivação da Lei, passe a estudar todos os seus aspectos (pelo menos, os que os judeus convertidos ainda precisam fazer, para manter a identidade de sua condição de Judeu). Não é errado fazer isso, mas pode ser necessário fazer outras coisas também... Eu prefiro confiar em Jesus! E dar com alegria, se um percentual, se mais do que 10%, não importa: não dou pensando em receber algo em troca... já recebi tudo, na Cruz e na Ressurreição do Senhor!

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

Comentário Devocional do Livro de Eclesiastes (4.1-16)

Graça, Paz e Alegria!

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Eclesiastes 4.1-16

1 Depois, volvi-me e atentei para todas as opressões que se fazem debaixo do sol; e eis as lágrimas dos oprimidos, e eles não tinham consolador; do lado dos seus opressores havia poder; mas eles não tinham consolador.
2 Pelo que julguei mais felizes os que já morreram, do que os que vivem ainda.
3 E melhor do que uns e outros é aquele que ainda não é, e que não viu as más obras que se fazem debaixo do sol.
4 Também vi eu que todo trabalho e toda destreza em obras provêm da inveja que o homem tem do seu próximo. Também isso é vaidade e desejo vão.
5 O tolo cruza as mãos e come a sua própria carne.
6 Melhor é um punhado com tranquilidade do que ambas as mãos cheias com trabalho e vão desejo.
7 Outra vez me volvi e vi vaidade debaixo do sol.
8 Há um que é só, não tendo parente; não tem filho nem irmão e, contudo, de todo o seu trabalho não há fim, nem os seus olhos se fartam de riquezas. E ele não pergunta: Para quem estou trabalhando e privando do bem a minha alma? Também isso é vaidade e enfadonha ocupação.
9 Melhor é serem dois do que um, porque têm melhor paga do seu trabalho.
10 Pois se caírem, um levantará o seu companheiro; mas ai do que estiver só, pois, caindo, não haverá outro que o levante.
11 Também, se dois dormirem juntos, eles se aquentarão; mas um só como se aquentará?
12 E, se alguém quiser prevalecer contra um, os dois lhe resistirão; e o cordão de três dobras não se quebra tão depressa.
13 Melhor é o mancebo pobre e sábio do que o rei velho e insensato, que não se deixa mais admoestar,
14 embora tenha saído do cárcere para reinar, ou tenha nascido pobre no seu próprio reino.
15 Vi a todos os viventes que andavam debaixo do sol e eles estavam com o mancebo, o sucessor, que havia de ficar no lugar do rei.
16 Todo o povo, à testa do qual se achava, era inumerável; contudo, os que lhe sucederam não se regozijarão a respeito dele. Na verdade, também isso é vaidade e desejo vão.

Nesta parte do livro, o autor de Eclesiastes se depara com observações a respeito do trato entre os humanos e a relação da vida com o trabalho.

Primeiro, observa que opressores se apresentam e oprimidos são revelados. Os opressores acham que estão bem, e do ponto de vista da observação humana, podem até parece de fato muito bem, muito melhores que os oprimidos que não conseguem nem mesmo um consolador. Mas a observação do autor do livro é que os mortos são mais felizes que os vivos! Nem mesmo o opressor é visto como melhor do que quem já morreu! Logo, ele não está nada bem, de fato, pois tem a sua expectativa respondida em cima da opressão de outra pessoa. Isso não é bom de fato nem para o opressor, nem para o oprimido, apesar de parecer ser melhor estar na posição do opressor. Mas não é, dependendo do caso, pois o oprimido poderá ter sua recompensa no devido tempo, mesmo que seja para esperar para a eternidade. E o opressor, também terá, caso não se arrependa e mude. Só que o autor do texto se preocupa principalmente com as observações levando em conta a vida, sem pensar em espiritualidade, por isso a conclusão que nem opressor, nem oprimido, ninguém estaria melhor que os que já morreram, que não precisam mais passar por essa relação estranha.

O tolo, espera algo e acaba tendo que comer a própria carne, por não ter nada. Pode ser uma metáfora, claro. Mas ainda assim, não adianta ter muito! É preciso saber viver, como diria uma canção, e apesar do texto olhar para as coisas humanas, a melhor forma de saber viver é conhecendo a vontade do Senhor! Sem isso, para ao menos ter dias de paz e tranquilidade, é melhor ter pouco e ter tranquilidade do que ter muito, fazer muito e não ter objetivo!

O texto segue com observações do autor que passam pelo relacionamento conjugal. Fala de trabalhar sendo só e não produzir para herdeiros, e ainda assim trabalhar muito, como se precisasse de mais e mais, mas sem desfrutar e sem ter para quem deixar o que ganhou! Quando finda o tempo desta vida, essa produção toda perde valor para si e se não tiver quem possa usufruir, valeu de que? O autor entende que se dois caminharem com a mesma vontade e direção, poderão se ajudar em momentos de dificuldade, um apoiando o outro, ajudando a levantar, a defender o ponto de vista dos dois contra outros e coisas do tipo. Assim, a produção nesta vida que resulta do trabalho, sempre será melhor aproveitada se a pessoa dosar o seu tempo de trabalho com o devido lazer e/ou se tiver a quem deixar tais bens.

Por fim, o autor se preocupa com as pessoas que acreditam que já sabem de tudo e não aceitam mais ideias novas ou, ao menos, ter a disposição de procurar entender os pontos de vista das outras pessoas. Não se trata de "certo ou errado", "bom ou ruim", mas de ser capaz de dar ouvidos sempre, permitir que todos possam ter opinião e estar pronto tanto para ouvir, como para avaliar e quem sabe, dependendo do caso, aprender algo novo! A sabedoria que pode vir com a idade precisa estar aliada com o fato de que não somos os únicos que são sábios e podemos aprender até com quem precisa aprender muito sobre outras coisas! Se o mais velho não tiver isso e o mais novo apresentar tal disposição, esse será mais sábio e terá ainda mais companhia para sua jornada!


Dessa forma, precisamos tomar cuidado com a forma que nos relacionamos com as outras pessoas: nada de oprimir, nem de ser oprimido... Nada de ficar sem fazer nada nesta vida, mas não devemos nos preocupar em ter tudo sem a devida tranquilidade, sem a preocupação com a "consciência tranquila"... não é tudo que vale a pena! Procurar ter sua família! Nem todos acabam se casando ou tendo filhos e nem todos os que vivem isso estão melhores que os que não vivem! Mas o texto faz a observação de que o relacionamento conjugal é melhor, tanto para apoio como para ter quem fique com a herança de toda a sua produção de vida. Ser melhor não quer dizer que é o único caminho! Apenas que é melhor... E que estejamos sempre prontos a aprender, uns com os outros, principalmente na busca da vontade do Senhor!

Forte abraço!
Em Cristo,
Ricardo, pastor